domingo, 19 de janeiro de 2014

domingo, 24 de junho de 2012

cupid kidz



Desde o último post, sobre El Guincho, que não achava nada que me fizesse escrever por aqui. Porém ontem, durante a madrugada, fui presenteado pelo treta com essas duas suequinhas (nativas da sueca, no diminutivo) lindas, também conhecidas como as Cupid Kidz.  Isabella Wolfgang Köhler e Mirre Muns são os nomes das gatinhas maconheiras e maluquinhas que aparecem no vídeo abaixo, da música Ganja Poo Poo (ou Poopoo Ganja), que trata, entre outras coisas, de maconha e escatologia, como o próprio nome da canção sugere. Outras coisas que descobri sobre as princesinhas suecas é que elas costumam se apresentar de pijamas e que gravaram um single com o grupo Next Step, chamado Until I Get There, cujo eu não gostei. Se liguem no clipe:

Cupid Kidz - Ganja Poo Poo from Jakob Skote on Vimeo.


Caso você descubra outras coisas, como por exemplo, um link decente para baixar as músicas delas, entre em contato. Caso contrário, fique com a página das doidonas no soundcloud, que já é alguma coisa. Preste atenção na 'Flowers'.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

el guincho

As melhores músicas sempre entram em nossas vidas assim, por acaso. Uma indicação despretensiosa de um amigo, de um blog, uma trilha de filme que chamou atenção, uma música de propaganda, um BG de algum programa de televisão, enfim, algo que por vezes, passaria despercebido, mas por alguma razão nos chama atenção em pouco tempo e quando vemos, já está em nossa lista de canções favoritas.
Vagando pelo tumblr, vi esta canção postada pelo Marcelo D2 e o screenshot do youtube (que hoje é minha imagem de capa do facebook) fez com que eu desse play no vídeo sem pensar duas vezes. A música me ganhou de primeira e virei fã do cara, um espanhol chamado Pablo Diaz-Reixa, que atende pela alcunha de El Guincho. O cara mistura afrobeat, dub, tropicália e diversos elementos multiculturais em suas músicas e assistindo ao vídeo da música em questão, Bombay, dá pra perceber que ele é bem chegado numa psicodelia, se é que vocês me entendem.

DESCRIPTION

Encontrei uma entrevista muito interessante que ele deu para a revista do The New York Times, onde ele fala de onde vieram suas influências, sua paixão pelos ritmos latinos, seus discos, artistas e até lojas e restaurantes favoritos e inclusive, que sonha em fazer um som com Caetano Veloso, tamanho seu interesse pela Tropicália.
Ele está no terceiro disco, Pop Negro (link pra download), lançado em 2010 e grande responsável pela sua ascensão, principalmente fora da Europa. Já esteve uma vez aqui no Brasil e vem de novo agora no mês de fevereiro, para uma apresentação no festival RecBeat e uma outra na choperia do Sesc Pompéia, dia 17/02, com ingressos a partir de R$ 5,00 (para sócios e dependentes).
Confira a psicodelia do El Guincho no clipe do single Bombay.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

www.myspace.com/andreamarquee

Estava eu no allmusic.com, quando me deparo com o release deste disco aqui:


Andrea Marquee - Zumbi. O release me impressionou, procurei pra baixar, ouvi e adorei. Gosto muito da calmaria que ela põe nas músicas, inclusive, algumas gravações de músicas famosas que ficam bem mais leve na voz dela, somadas com a produção do disco, fazem com que o resultado seja muito bom.
É um estilo de som que nunca foi dos meus favoritos, e foge bastante do que já postei aqui até hoje, mas de uns tempos pra cá tenho sido muito mais flexível quanto a isso, ainda bem.
Gostoso ouvir pra dar aquela relaxada e prestar atenção na destruição que os músicos da banda dela fazem.


sábado, 24 de julho de 2010

dance of days - dance of days


Há pouco tempo soube que o Dance of Days (outrora minha banda preferida) havia lançado duas músicas novas e um amigo meu, fã até hoje, recomendou-me ouvi-las. Eram duas músicas totalmente opostas, uma, acelerada, estilo punk 80's, com participação do Kalota (B.U.S.H e O Inimigo) e uma beeem Dance of Days, com uma letra marcante, e uma melodia que faz você cantarolar toda a letra sem esquecer nenhum detalhe.
Esses dias saiu o CD completo pra download, e eu quis tirar minhas próprias conclusões (eu estava esperançoso e ansioso, confesso).


1 - Colheita Maldita
Um punk/hardcore meio crust, com menos de um minuto. Versos como "as crianças do campo cresceram/ o coração de tróia entrou e explodiu/crianças do campo o mundo é de vocês" fazem com que eu não precise dizer muito mais sobre ela. *****

2 - Esta é a hora de uma nova partida
Essa é a que tem a participação do Kalota. Confesso que a letra tem alguns picos extremamente adolescentes, mas outros sensacionais. A letra é claramente uma crítica ao que se tornou a 'cena underground' (odeio esse termo) de São Paulo, uma indireta suave pra molecada colorida e uma reaproximação de Nenê Altro com a galera que não gostou muito da idéia dele virar junkie da noite pro dia. ****

3 - Estorvo
Uma mistura das músicas do 'a história não tem fim' com as do 'a valsa de aguas-vivas', tem uma melodia muito boa, do baixista Fausto Oi (que se não estou enganado é a voz do começo), uma letra sensacional do Nenê, mas a melodia vocal do refrão não me convenceu. Acho que a única coisa que não faz a música ser uma das melhores do disco. ***

4 - Mova
A quarta tem uma das melhores melodias e uma das melhores (se não a melhor) letra do disco. Gosto muito de como essa música é cantada e é puramente cria do 'coração de tróia'. *****

5 - Falo sério, eu não nasci para o tédio
O refrão dessa aqui é muito marcante: 'tantas coisas pra dizer/tão pouco tempo pra esperar/num piscar de olhos tudo se vai/o que é hoje, amanhã nunca mais/os dias vão dançar'. Parece muito que essa música é do 'a história não tem fim', e ela seria perfeita entre a caótica 'carro bomba' e 'acho que é sua vez de jogar'. ****

6 - E livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos a escravidão todo dia
Uma crítica a igreja, uma das melhores letras entre todas do Dance of Days, sem muitas metáforas e direto ao ponto. Punk do começo ao fim, totalmente 'coração de tróia'. *****

7 - Corona Australis
Essa aqui é a outra faixa que eles haviam divulgado antes do disco todo. Puramente 'a valsa de aguas vivas', cheia de referências e versos profundos ('eu tranco as portas e não vou/atender mais ninguém') A faixa que tinha sido liberada antes tinha uma mixagem menos pop, ao meu ponto de vista mais legal e sincera. O final dessa é cem por cento Dance of Days: 'Corona Australis, despencou do céu'. ****

8 - Discórdia (Carro Bomba II)
Letra sensacional, também uma das melhores já feitas pelo Nenê, mas não gostei muito do efeito usado na voz. Continuo preferindo a outra 'carro bomba': 'não quero ser como você/ um verme a cultivar gravatas/ estuprador de merda' ***

9 - Garotos Perdidos
Primeiramente não tinha visto nada demais nesta, mas com mais atenção pude notar uma letra sensacional, que reflete facilmente o poder que Nenê cultiva desde o começo da banda, de fazer todo mundo gritar junto suas insanidades nos refrões, com os braços abertos e de uma maneira tão confessional que nunca vi nenhum outro vocalista alcançar. *****

10 - Ferris e o Queimador de livros
A décima me pareceu bem carregada a primeira audição, com uma melodia bem arrastada. Letra cheia de referências a se notar logo pelo título, me lembra um pouco 'caulfield', 'guernica' e as outras mais lentas do 'coração de tróia'. ***

11 - Um sonâmbulo em seu aquário
Totalmente 'a valsa de aguas-vivas', com alguns poucos restos do 'líros' essa música não me atraiu muito. Na minha opinião, a mais fraca do disco. Mas entendam, o disco possui um nível de autenticidade tão grande que essa faixa não chega a ser chata ou ruim, apenas a mais fraca dessas 13, mas está certamente entre as 40 melhores das quase 100 músicas da banda. ***

12 - Minha lista das pessoas que cansaram de mim
Nenê já viveu bastante coisa nessa vida e é por isso que suas letras conseguem ser tão confessionais e profundas. O cara é uma lenda no underground nacional, certamente uma das figuras mais conhecidas neste meio e essa música é uma clara reflexão do seu momento e da posição da banda, uma das responsáveis pelo sucesso de muitas bandas, mas uma das poucas que ficaram de fora do mainstream com esse boom do hardcore melódico (ou emo, se preferirem). Mais uma prova do poder de Nenê de levantar multidões de adolescentes em casas onde o suor escorre das paredes. Quem lembra do Volkana? ****

13 - Repetindo frases e rimas
Essa aqui também é mais fraca do que as outras (o que não a faz ruim), mas é uma amostra clara de que podemos dizer que uma das maiores bandas independentes que o Brasil já teve voltou a sua velha forma. E que eles tem ciência de que já disseram praticamente tudo o que estão dizendo dessa vez, mas que talvez, seja a hora de dizer de novo.

E eu espero que como foi comigo quando tinha 16/17 anos, algumas pessoas dessa idade escutem também o que a dança dos dias tem a dizer.


Comecei esse texto no twitter.






quarta-feira, 31 de março de 2010

afrika bambaataa

Qual minha surpresa a me deparar com a notícia de que a apenas cinco quilômetros da minha casa, terá um show do Afrika Bambaataa?
Grande, bem grande.
Já tive o prazer de ver o líder da Zulu Nation e grande percussor do hip-hop na virada cultural de 2008 e fiquei maravilhado com o que o cara faz, do alto de seus 50 e poucos anos e confesso que estou bem ansioso pra essa próxima experiência.

O show acontece dia 02/04, as 19:00, no Parque Cidade Escola da Juventude Cittá di Maróstica, mais conhecido como "pista", ali na Avenida Armando Ítalo Setti, nº 65, no centro. Se você não conhece (acho difícil), é do lado do paço municipal, na pista de skate. E o mais legal? De grátis malandro! Não é sempre que isso acontece, ainda mais aqui pelo ABC.

Pra download, o "Looking For The Perfect Beat", coletânea de 1980 a 1985, essencial pra qualquer um que quer saber de onde surgiu tudo que veio depois, desde Racionais MC's, até o funk carioca.



Como diz o próprio (junto com o mestre James Brown): 'peace, unity, love and having fun'.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Againe






No final de 2004, quando o hardcore me conquistava cada dia um pouco mais, conheci uma das melhores e mais influentes bandas nacionais do gênero, o Againe.
Naquela época, cada vez atrás de bandas e mais bandas, encontrei um split, chamado Pelo Libre, de 1998, junto com o Eau Bouli Et Poison, uma banda 'misteriosa', da qual nunca mais achei nenhuma outra informação, a não ser algo sobre a Argentina e uma música deles na coletânea Select K7 da Spicy Records, coletânea essa, famosíssima no underground durante a década de 90.

O Againe foi formado em 1995 por pessoas que hoje são praticamente lendas da cena musical independente paulista, entre os quais Cesinha Lost (Street Bulldogs, Dance Of Days, Paura, entre outras que eu não lembro) e Carlos Diaz (Polara).

Lançaram em 1995 a tape '(an)other songs about you & me - tape (big park records)' e em 1997 o cd 'songs about week here, other places, other thoughts. Entre idas e vindas na formação, o já citado split 'pelo libre' foi lançado em 1998, e em 2000 o clássico vinil de 7" 'sem açucar'.
Em 2001, após o fim da banda, foi lançada a coletânea 'antologia 1995-2000 - a sutil arte de fazer inimigos', com todas as suas canções, exceto as quatro inéditas contidas no vinil.

Voltaram em 2002 para uma apresentação em uma mostra de arte e continuaram tocando esporadicamente, até 2005 quando foi gravado um ao vivo em comemoração aos 10 anos da banda, incluindo até um cover de Descendents.

Dia desses, encontrei no hominis canidae um link com algumas músicas raras, que voltaram a me deixar fascinado pela banda.
Eu não cheguei a ver shows do Againe, infelizmente. Mas o legado que essa banda deixou e a influência dela pro resto do hardcore nacional é inegável. Pena que a proposta inicial se perdeu com o tempo e o que chegou ao mainstream foi algo que não condiz com o potencial do gênero como um todo.

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